De autoria do pintor Pedro Américo (1843-1905), o estudo da obra Passagem do Chaco, realizado em 1871, fará parte da mostra Da terra do fogo ao Ártico: pintura de paisagem na arte americana, em exibição, a partir do dia 20, na Art Gallery of Ontario, em Toronto (Canadá).
Tanto o estudo quanto a pintura Passagem do Chaco fazem parte do acervo do Museu Histórico Nacional (MHN/Ibram), no Rio de Janeiro (RJ).
Organizada pela Art Gallery of Ontario, em parceria com a Pinacoteca do Estado de São Paulo e a Terra Foundation for American Art, a mostra reúne 118 obras, de 85 artistas, provenientes de 51 instituições em 11 países.
Criadas entre o início do século XIX e meados do século XX, as obras retratam paisagens espalhadas por todo o continente americano.
Além da obra de Pedro Américo, trabalhos de Tarsila do Amaral e de Félix Émile Taunay também representam as paisagens brasileiras na exposição.
O quadro Passagem do Chaco pode ser visto na exposição de longa duração A Construção da Nação – 1822 a 1889, no MHN, e representa a passagem dos soldados do Exército Imperial brasileiro pelos pântanos do Chaco, sob o comando do General Osório (retratado ao centro do quadro), em um ataque surpresa ao exército paraguaio na noite de 22 de julho de 1867, durante a Guerra do Paraguai.
A mostra fica em cartaz até 20 de setembro no Canadá. Depois, segue para o Crystal Bridges Museum of American Art, no Arkansas (EUA), onde permanece de 6 de novembro de 2015 a 18 de janeiro de 2016. Em seguida, a mostra virá para a Pinacoteca do Estado de São Paulo na capital paulista.
Sobre o artista
Nascido no município de Areia (PB), Pedro Américo foi um dos maiores representantes da arte brasileira do século XIX e é lembrado por grandes pinturas de caráter cívico.
É autor das obras Batalha de Avaí, Fala do Trono, Independência ou Morte! e Tiradentes esquartejado, entre outras, que permanecem vivas no imaginário coletivo do país devido às suas reproduções em livros escolares.
Se formou na Academia Imperial de Belas Artes onde também foi professor de desenho, estética e história da arte. Fez seu aperfeiçoamento artístico em Paris, foi Bacharel em Ciências Sociais pela Sorbonne e Doutor em Ciências Naturais pela Universidade Livre de Bruxelas. Também foi diretor da seção de antiguidades e numismática do Museu Imperial e Nacional, e deputado constituinte por Pernambuco.
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Texto: Ivy Fermon (Ascom/Ibram)
Imagem: divulgação/Dicionário de Artistas do Brasil