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Museu da Inconfidência prorroga mostra de Ceschiatti

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Foto: Divulgação Museu da Inconfidência

A mostra Esculturas de Alfredo Ceschiatti, em cartaz na Sala Manoel da Costa Athaide, Anexo I do Museu da Inconfidência (Ibram/MinC), será prorrogada até o dia 9 de agosto, dada a grande procura dos visitantes. A visitação, gratuita, ocorre de terça a domingo, das 10 às 18h.

As obras expostas são propriedade dos sobrinhos do artista, Ângela Maria Ceschiatti Barbosa e Christiano Barbosa da Silva Filho. A mostra tem curadoria de Margareth Monteiro, Janine Ojeda e Aldo Araújo.

O belo-horizontino, com predileção pela figura humana, é conhecido por sua plástica modernista e obras de destaque, como a Justiça, em frente ao Supremo Tribunal Federal, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Podem ser apreciados protótipos em bronze, em sua maioria, utilizados como estudo para a confecção posterior de obras definitivas. Vários deles originaram suas famosas esculturas em espaços públicos de Brasília, feitas a convite do arquiteto Oscar Niemeyer. Exemplos disso são Banhista do Congresso, de 142 centímetros de altura, que inspirou As banhistas, no espelho d’água do Palácio da Alvorada, e Anjo, em bronze dourado, na Câmara dos Deputados.

O Artista

Alfredo Ceschiatti (1918-1989) nasceu em Belo Horizonte. É um dos artistas criadores da Pampulha, marco inaugural do modernismo arquitetônico em Minas Gerais. Faz-se presente nos bronzes do batistério da capela franciscana, ao lado de Niemeyer, Portinari e Burle Marx. No Cassino, hoje Museu da Pampulha, ele esculpiu o abraço de duas mulheres para o remanso do jardim abraçado pela arquitetura de Niemeyer. Em Brasília, Ceschiatti é o autor dos quatro Evangelistas, na entrada da Catedral, e dos anjos em voo na grande nave redonda.

De suas mãos veio ainda As banhistas que seguram os cabelos prestes a fazerem tranças pousam sobre o espelho d’água do Palácio da Alvorada. No Rio de Janeiro, fez esculturas para o Monumento aos Pracinhas, no Parque do Flamengo. O irmão, João Ceschiatti, dá nome a uma sala do Palácio das Artes, por ter sido protagonista maior da cena mineira.


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