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MNBA inaugura a mostra “Três momentos da Pintura de Paisagem no Brasil”

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Imagem: Paisagem Vista do Morro Cavalão Niterói, RJ 1884, Johann Georg Grimm / Divulgação: Museu Nacional de Belas Artes/Ibram.

Imagem: Paisagem Vista do Morro Cavalão Niterói, RJ 1884, Johann Georg Grimm / Divulgação: Museu Nacional de Belas Artes/Ibram.

O Museu Nacional de Belas Artes (MNBA/Ibram) inaugura hoje (13) a exposição “Três momentos da Pintura de Paisagem no Brasil”, que aborda a evolução da prática da paisagem no Brasil.

São 36 obras provenientes do acervo do MNBA e da Pinacoteca Barão de Santo Angelo, ligada ao Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que exibem “paisagens puras”, não tendo sido selecionadas paisagens urbanas ou marinhas. Algumas dessas obras não são expostas ao público há décadas.

A mostra é dividida em 3 módulos e percorre um panorama conciso do exercício da pintura de paisagem no Brasil, por artistas brasileiros, estrangeiros radicados no Brasil, ou ao menos, aqui ativos desde meados do século XIX até os anos iniciais do século XX. A partir das décadas de 1920 e 1930, a pintura brasileira enveredaria por novos rumos, poucos favoráveis ao desenvolvimento da paisagem como gênero.

Para o curador Pedro Xexéo, a criação da Divisão Moderna do Salão Nacional de Belas Artes em 1940, no Rio de Janeiro, contribuiu para diminuir a importância da paisagem na tipologia artística, relegando a sua prática, salvo raras exceções, a artistas que continuaram a dedicar-se a uma pintura de caráter mimético, realista, considerada obsoleta pelas correntes modernistas.

Paisagem Mocambos 1659 - Frans Post  / Divulgação: Museu Nacional de Belas Artes/Ibram.

Paisagem Mocambos 1659 – Frans Post / Divulgação: Museu Nacional de Belas Artes/Ibram.

Esta depreciação se acelerou com o aparecimento da pintura não-figurativa, não-representativa ou abstrata, na segunda metade dos anos 1940, na Europa e Estados Unidos, com reflexos no Brasil. Esta última tendência das artes visuais se acentuou, em nosso país, com a criação da Bienal Internacional de São Paulo e o Salão Nacional de Arte Moderna do Rio de Janeiro, eventos acontecidos em 1951.A Bienal, explica o curador, acelerou a internacionalização da arte brasileira, enquanto o novo Salão colocou em segundo plano, o já ultrapassado Salão Nacional de Belas Artes, de caráter conservador. Assim, a paisagem tradicional foi, aos poucos, sendo abandonada pelos jovens artistas.

A exposição “Três momentos da Pintura de Paisagem no Brasil” ficam em cartaz até 31 de março de 2019. O público poderá visita-la de terça a sexta, das 10h às 18h e aos sábados, domingos e feriados, das 13h às 18h. O Museu Nacional de Belas Artes fica na Avenida Rio Branco, 199 – Cinelândia, Rio de Janeiro (RJ).


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