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MNBA inaugura hoje exposição que mostra bastidores da criação artística

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A obra

A obra “Modelo em repouso” (circa 1890, de Henrique Bernardelli) faz parte da mostra “Trabalho de artista: imagem e autoimagem (1826-1929)”, em cartaz no MNBA.

O Museu Nacional de Belas Artes (MNBA/Ibram) inaugura nesta terça-feira (21), às 18h, a exposição “Trabalho de artista: imagem e autoimagem (1826-1929)”, que reúne obras do acervo do Museu e de outras coleções públicas e privadas.

São desenhos, gravuras, pinturas e esculturas de artistas consagrados como Eliseu Visconti, Rodolfo Bernardelli, Almeida Junior, Arthur Timóteo da Costa, Helios Seelinger, entre outros, num total de 75 obras de arte.

Organizada em torno de quatro eixos temáticos: As personas do artista; Alegorias do ofício; O ateliê como motivo; e O artista e a modelo, a exposição traz autorretratos e cenas de ateliê exibindo as imagens que os artistas apresentaram de si e de seu lugar de trabalho.

A mostra é resultado da parceria do MNBA com a Pinacoteca de São Paulo, onde foi apresentada em sua primeira versão, e conta com a curadoria de Fernanda Pitta, do Núcleo de Curadoria e Pesquisa, da Pinacoteca de São Paulo; Laura Abreu, do Museu Nacional de Belas Artes/Ibram; e Ana M. T. Cavalcanti, da Escola de Belas Artes – UFRJ.

A exposição “Trabalho de artista: imagem e autoimagem (1826-1929)” permanece em cartaz no MNBA até 28 de julho. O Museu Nacional de Belas Artes fica na Avenida Rio Branco, 199, no Centro do Rio de Janeiro (RJ) e está aberto ao público de terça a sexta-feira das 10 às 18hs; e aos sábados, domingos e feriados, das 13 às 18 horas. Saiba mais.


‘Eternos caminhantes’ é principal atração de exposição na Alemanha

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Lasar Segall - Eternos caminhantes, 1919 - óleo sobre tela - 138 x 184 cm - Acervo Museu Lasar Segall

Lasar Segall – Eternos caminhantes, 1919 – óleo sobre tela – 138 x 184 cm – Acervo Museu Lasar Segall

O óleo sobre tela Eternos caminhantes (1919, 138 x 184 cm), do artista lituano naturalizado brasileiro Lasar Segall (1889-1957), é a principal atração de exposição que a Städtische Galerie, da cidade de Dresden (Alemanha) abriu ao público no último sábado (15). O quadro integra o acervo do Museu Lasar Segall.

A mostra “Sinal para um novo início! O Centenário da Secessão de Dresden – Grupo 1919” (“Signal zum Aufbruch! 100 Jahre Dresdner Sezession – Gruppe 1919”) celebra o centenário do importante acontecimento na história da arte do século XX ocorrido em Dresden, cidade que foi essencial para a formação de Lasar Segall e onde o artista deixaria sua marca.

A Secessão de Dresden reuniu, no período efervescente e cheio de incertezas que a Alemanha viveu após a Primeira Guerra Mundial, um grupo de artistas engajados na busca de uma arte “interiormente verdadeira” e com preocupações sociais. À época, o cenário artístico de Dresden era mais fértil que o da própria capital alemã, Berlim.

Em busca de uma renovação artística e de valores, o grupo valorizava as artes gráficas, com destaque para a xilogravura e sua função como panfleto. Lasar Segall, que mudou-se para Dresden em 1910, onde frequentou a academia de artes local, foi um dos fundadores do grupo. A Secessão de Dresden já foi tema de exposição no Museu Lasar Segall.

“Sinal para um novo início! O Centenário da Secessão de Dresden – Grupo 1919” reunirá de novo em Dresden 80 pinturas e trabalhos em papel de doze artistas. A ideia, segundo os organizadores, é fechar um vazio na história da arte da cidade, já que poucas das obras produzidas pelos “secessionistas” permaneceram em Dresden até hoje, e despertar a consciência sobre o papel da arte durante mudanças políticas de grande relevo no século XX.

A obra

O quadro Eternos caminhantes tem, como os emigrantes que homenageia, uma vida repleta de aventuras dramáticas. Adquirida pelo Museu da Cidade de Dresden pouco após ser pintada por Segall, a tela – primeira obra de arte moderna incorporada pelo museu alemão – foi confiscada do local em 1933 após a ascensão do nazismo ao poder e exibida em Munique em 1937, junto a obras de outros expressionistas, na célebre Exposição de Arte Degenerada, que pretendia desqualificar a arte moderna.

Desaparecido durante anos, o quadro foi reencontrado apenas em 1954 no sótão de um ex-oficial nazista e adquirido em leilão na França para o acervo do Museu Lasar Segall em 1958, quando veio para o Brasil. Falecido em 1957, o artista nunca tornaria a rever a obra.

“Eternos caminhantes é uma das peças-chave, estará no centro de nossa apresentação”, explicou ao Museu Lasar Segall o diretor da Städtische Galerie, Gisbert Porstmann. Além do quadro, a exposição também exibirá as obras Retrato de Paul Ferdinand Schmidt, Retrato feminino de Mary Wigman, Autorretrato II e Criança morta, todas datadas de 1919 e pertencentes ao acervo do Museu Lasar Segall, que fez o empréstimo temporário. A mostra ficará em cartaz em Dresden até 15 de setembro. Saiba mais

Museu Lasar Segall inaugura neste sábado três novas exposições

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Menino com lagartixas (Lasar Segall, 1924, óleo sobre tela, 98 x 61 cm)

Menino com lagartixas (Lasar Segall, 1924, óleo sobre tela, 98 x 61 cm)

O Museu Lasar Segall, em São Paulo (SP), inaugura neste sábado (29), a partir das 15h, sua nova exposição de longa duração, Lasar Segall: o eterno caminhante, além de duas exposições temporárias de artistas contemporâneos: Alex Cerveny: Palimpsesto e Intervenções: Maurício Ianês. A abertura conjunta oferecerá ao público visitas guiadas pelo historiador de arte e curador Giancarlo Hannud, diretor do museu, e pelo artista visual Alex Cerveny. Todas as atividades terão entrada gratuita.

Para a mostra Lasar Segall: o eterno caminhante, nova exposição de longa duração do Museu Lasar Segall, foram selecionadas 110 obras – que incluem óleos sobre tela, desenhos, esculturas, gravuras e guaches – entre as mais de 3,5 mil que integram o acervo do museu.

A seleção faz um recorte da obra, vida e tempo do artista lituano naturalizado brasileiro Lasar Segall (1889-1957), permitindo uma visão panorâmica de sua produção em toda sua variedade técnica e temática, bem como de sua biografia. Nos trabalhos exibidos, será possível testemunhar o engajamento do artista com certas temáticas, bem como sua identificação com os emigrantes que, assim como ele, atravessaram o Atlântico em busca de melhores condições de vida na primeira metade do século XX.

A exposição Alex Cerveny: Palimpsesto apresentará um panorama do trabalho gráfico do desenhista, gravador, escultor, ilustrador e pintor atuante desde os anos 1980. No conjunto de 44 gravuras e 16 matrizes que será apresentado, o público terá a chance de ver as inúmeras possibilidades da gravura como meio artístico. Provas de impressão e de estado serão apresentadas junto a tiragens numeradas, revelando os diferentes momentos do processo da gravura.

Pelo projeto Intervenções, que o Museu Lasar Segall promove desde 2010 com o objetivo de apresentar instalações/intervenções de artistas contemporâneos em seu jardim interno, Maurício Ianês apresenta a obra inédita Trânsitos. O artista construiu uma sucá, espécie de cabana que na tradição judaica é montada durante a festa de Sucot, que relembra os 40 anos de êxodo dos judeus no deserto após a saída do Egito. Dentro da cabana, elaborada com tecidos africanos, latino-americanos e talitót, serão apresentados depoimentos sobre o drama da imigração, um dos principais temas da obra de Lasar Segall.

Facebook – O Museu Lasar Segall agora possui página oficial no Facebook. Acompanhe as novidades do museu em www.facebook.com/MuseuLasarSegall.

Museu Casa Histórica de Alcântara inaugura mostra “Tal pai tal filho”

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Alcantara 1O Museu Casa Histórica de Alcântara inaugurou a 1ª Mostra de Pintura “Tal pai tal filho”. Trata-se de uma exposição de pintura de técnica óleo sobre tela dos cidadãos alcantarenses André Marinho e André Marinho Filho.

As telas retratam principalmente cenários de Alcântara e estão disponíveis à venda. A noite da abertura contou com o público de familiares, amigos e visitantes que prestigiaram a mostra ao som do músico Saul Gutman.

A mostra “Tal pai tal filho” ficará disponível no Museu Casa Histórica de Alcântara para visitação até o dia 5 de agosto, de terça a sexta-feira das 9h30 às 16h30, e aos sábados e domingos, das 9h30 às 14h30.alcantara 2

Criado em novembro de 2004, o Museu Casa Histórica de Alcântara retrata os tempos do Brasil Imperial por meio da sua arquitetura colonial e de seu acervo, expondo a opulência dos hábitos e costumes da aristocracia rural da cidade maranhense durante o século XIX. O Museu Casa Histórica de Alcântara fica na Praça Gomes de Castro (Praça da Matriz) nº 7, no Centro de Alcântara (MA).

Museu da Inconfidência recebe exposição sobre poema de Olavo Bilac

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Museu da Inconfidência - 2Entre os dias 12 de julho a 25 de agosto, o Museu da Inconfidência/Ibram vai receber a exposição “Fotografia&Poesia Vila Rica – centenário da publicação do poema de Olavo Bilac”. A mostra é realizada pelo grupo Coletivo Olho de Vidro, criado em 2007 pelos fotógrafos Alexandre Martins, Antônio Laia, Eduardo Tropia e Heber Bezerra e pelo poeta Guilherme Mansu.

Comprometido com a cidade de Ouro Preto, o grupo se caracteriza por apresentar anualmente uma exposição coletiva de fotografias e de poesia. O objetivo é estabelecer um espaço de reflexão, criação e experimentação. Cada um dos integrantes tem liberdade de interpretação sobre o tema proposto pelo poeta e discutido pelo grupo.

Quem foi Olavo Bilac

Um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, Olavo Bilac nasceu no Rio de Janeiro, em 16 de dezembro de 1865 e faleceu na mesma cidade. Dedicou-se desde cedo ao jornalismo e à literatura. Teve intensa participação na política e em campanhas cívicas, das quais a mais famosa foi em favor do serviço militar obrigatório. Sua obra poética enquadra-se no Parnasianismo, que tem como características o vocabulário culto, o gosto pelas descrições, as rimas raras e o apreço pela métrica.

Poema Vila Rica

Poema épico que aborda a Inconfidência Mineira e a colonização de Minas Gerais pelos bandeirantes paulistas, tratando das lutas, do confronto com os índios, da descoberta das riquezas e, por fim, da fundação da Vila Rica de Ouro Preto.

Informações sobre a exposição aquiInconfidencia noturno

O  Museu da Inconfidência fica na Praça Tiradentes,  139, Centro, em Ouro Preto (MG) e está aberto ao público de terça a domingo, das 10h às 18h. Durante o mês de julho, o Museu ficará aberto ao público até as 21h.

“Primeira Missa” de Portinari será exposta na Galeria de Arte Brasileira Moderna e Contemporânea, no MNBA

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Portinari 1a Primeira Missa_MNBAO Museu Nacional de Belas Artes (MNBA/Ibram) irá expor, a partir de setembro, na Galeria de Arte Brasileira Moderna e Contemporânea, o quadro “A Primeira Missa no Brasil”, de Candido Portinari (1903-1962). A obra ocupará a mesma parede onde antes ficava a pintura Navio Negreiro (de Di Cavalcanti), que deixou de ser exibida no MNBA esta semana.

Pintada em 1948, período de exílio do pintor na capital uruguaia, Montevidéu, o quadro mede 217 x 501 cm. O painel representando a primeira missa realizada no Brasil, foi encomendado a Cândido Portinari por Thomaz Oscar Pinto da Cunha Saavedra (Lisboa, 1890 – Rio de Janeiro, 1956), 5º Barão de Saavedra, para decorar a sobreloja da sede do então Banco Boavista, no Rio de Janeiro.

Em fins de 1947, por motivos políticos – Portinari integrou o Partido Comunista do Brasil -, o pintor exilara-se, voluntariamente, no Uruguai, país natal da sua esposa Maria. No ano seguinte, Portinari concluiu a pintura do mural, sendo este exposto, pela primeira vez, em abril de 1948, no famoso Teatro Solis, da capital uruguaia.

Em 2012, a monumental pintura foi comprada pelo Instituto Brasileiro de Museus por R$ 5 milhões e transferida para o acervo do Museu Nacional de Belas Artes. A obra “A Primeira Missa no Brasil” será transferida da exposição Poemas de Portinari, na sala Chaves Pinheiro, no 2º andar do MNBA, onde era ladeada a outras do artista.

Fechamento temporário da Galeria

Navio Negreio_Di Cavalcanti_acervo Banco JP MorganA Galeria de Arte Brasileira Moderna e Contemporânea, do Museu Nacional de Belas Artes, para a retirada do quadro “Navio negreiro” (1961), de autoria de Di Cavalcanti, que vai retornar para seu proprietário, o banco J. P. Morgan, com sede em São Paulo.

Medindo 400 x 600 cm, a obra foi emprestada em comodato ao MNBA em 1993. Agora começa um complexo trabalho envolvendo a retirada, embalagem, devolução e transporte da pintura. Por conta disso, a Galeria ficará fechada temporariamente até o fim de agosto.

Museu da República recebe obras de Melvin Edwards

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Obra “Boa Sorte, primeiro dia” Melvin Edwards  Imagem: Museu da República

Obra “Boa sorte, primeiro dia” Melvin Edwards
Imagem: Museu da República

No sábado (17), o Museu da República/Ibram irá receber as obras do escultor Melvin Edwards. Nascido nos Estados Unidos em 1937, ele se tornou célebre por suas esculturas abstratas de metal em aço.

Em suas obras, ainda que abstratas, as ferramentas agrícolas como memória de sua infância no sul dos Estados Unidos estão presentes, além de correntes que podem remeter, segundo o artista, aos elos de conexão entre as pessoas.

Nesse sentido, a exposição tem como objetivo explorar diferentes vertentes do trabalho do escultor, criando um leque de raciocínios desenvolvido pelo artista ao longo dos anos de pesquisa.

Reconhecido como pioneiro na arte contemporânea afro-americana, Melvin Edwards funde engajamento político com abstração, produzindo objetos densos, fortes e carregados de significados. Sua obra procura conciliar o interesse na abstração com a satisfação por contar a história da cultura negra, buscando o diálogo com as lutas históricas e contemporâneas.

A exposição inclui obras de aço, como “Boa sorte, primeiro dia” (foto), típicas do estilo do artista, mas também aquarelas que dialogam com o peso do metal. A mostra está aberta aos visitantes até 27 de outubro.

O Museu da República  funciona de terça a sexta-feira, das 10h às 17h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h.

Exposição no Museu do Açude reúne instalações e obras de Marcos Scorzelli

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Escultura da exposição Scorzelli Megabichos, de Marcos Scorzelli / Foto: Bella Scorzelli / Divulgação: Museu do Açude/Ibram

Escultura da exposição Scorzelli Megabichos, de Marcos Scorzelli / Foto: Bella Scorzelli / Divulgação: Museu do Açude/Ibram

O Museu do Açude/Ibram apresenta, a partir de 18 de agosto, a exposição Scorzelli Megabichos, do designer e artista plástico Marcos Scorzelli. A mostra exibe cerca de 20 instalações inéditas, em chapas de aço, que ficarão expostas ao ar livre, nos jardins do Museu. São girafas com 3,5m de altura, elefantes e polvos gigantes, além de outros bichos em exibição no espaço. A mostra também tem o objetivo de estimular o lúdico nas crianças, que poderão fazer sua própria obra de arte, reproduzindo um megabicho em papelão.

Marcos Scorzelli é carioca, formado em design pela PUC Rio e começou a carreira inovando em projetos de arquitetura como designer de interiores corporativo e de cenografia. Com seu pai criou a Scorzelli Arquitetura e Design em 1993 e ao longo de 23 anos receberam vários prêmios por projetos corporativos desenvolvidos para grandes empresas. Fotógrafo amador é apaixonado pelo Rio. Desenvolveu sua linguagem vivenciando a natureza e explorando todos os cantos de sua cidade.

Das mãos de seu pai, o artista plástico e arquiteto Roberto Scorzelli (1938/2012), surgiram os primeiros bichos feitos por ocasião do nascimento da filha Isabella. Quando crianças os dois filhos do artista brincavam com os bichinhos em papel que ficavam espalhados pela casa do Joá. Somente em 1998 Marcos redescobriu as esculturas dos bichos em papel dentro de um envelope na gaveta de seu pai. Ao longo dos anos, passavam o tempo conversando, imaginando e desenvolvendo outros tantos bichos.

Marcos finalmente os tirou do papel para o aço, utilizando sua experiência com geometria e computação gráfica. A ideia era transformá-los em esculturas. O fundamental era não perder o conceito, não haver perda de material, sem solda ou recortes. A partir de formas geométricas simples com alguns cortes, vincos e movimentos precisos chega-se a uma forma tridimensional, curiosa e vibrante.

A mostra Scorzelli Megabichos fica em cartaz no Museu do Açude de 18 de agosto de 2018 a 23 de março de 2020 e todas as instalações e os múltiplos das obras de arte estarão à venda. Mais informações.

Sobre o Museu do Açude

Localizado no Alto da Boa Vista, o Museu do Açude é uma antiga propriedade de 1913, com ampla área verde, relíquias e estrutura da época que são seus pontos altos. A antiga casa do mecenas Raymundo Ottoni de Castro Maya, um parisiense amante das artes que viveu no Rio até os 74 anos, abriga um dos museus mais bonitos da cidade, com amplos jardins, trilhas, esculturas, fontes e piscinas. Seu Circuito de Arte Contemporânea, ao ar livre, tem obras de Anna Maria Maiolino, Eduardo Coimbra, Helio Oiticica, Iole de Freitas, Lygia Pape, Nuno Ramos, Piotr Uklanski, Angelo Venosa, José Resende e Waltercio Caldas.

Museu do Açude fica na Estrada do Açude, 764 – Alto da Boa Vista, no Rio de Janeiro (RJ), e está aberto ao público diariamente, exceto às terças-feiras, das 11h às 17h.


Artista italiana Martina Merlini fará instalação pela primeira vez no MNBA

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A italiana Martina Merlini fará instalação no Museu Nacional de Belas Artes, de 14 a 19 de outubro  de 2019.

A italiana Martina Merlini fará instalação no Museu Nacional de Belas Artes, de 14 a 19 de outubro de 2019.

Trazida pelo Istituto Italiano di Cultura do Rio de Janeiro, a artista visual italiana Martina Merlini realizará instalações e encontros no Rio e em Niterói por ocasião das Jornadas do Contemporâneo, ação cultural anual que acontece na Europa.

No Museu Nacional de Belas Artes (MNBA/Ibram), a residência artística de Martina Merlini se inicia segunda-feira, 14 de outubro, e será materializada em uma instalação tridimensional, intitulada “Forma Temporal”. A obra será finalizada dia 19, sábado, quando será exibida a partir das 15h. A instalação da artista ficará em exposição na Sala Chaves Pinheiro até 1º de dezembro.

A vinda de Martina Merlini é um desdobramento de uma intensa ação cultural organizada anualmente em outubro pela Associação dos Museus de Arte Contemporânea da Itália (AMACI), e promovida pelo Ministério italiano das Relações Exteriores. “A busca pela forma” é o título escolhido para a série de iniciativas organizadas pelo Istituto Italiano di Cultura no Rio.

Martina Merlini buscará traçar criticamente o caminho evolutivo dos cultivos no Brasil. “A ideia por trás desta instalação – explica Merlini – é repercorrer a mudança do cultivo imposta pelos colonos desde as plantações de cana-de-açúcar e café, até as monoculturas maciças que hoje ameaçam a floresta amazônica”. A estrutura, em madeira, será constituída por dois trilhos entre os quais umas cordas levarão pendurados pequenos feixes de caules e folhas, previamente preparados. A operação de preparação, bem como a ação de preenchimento da estrutura, é concebida como um momento coletivo, para investigar a história da terra brasileira e retomar, junto com população local, o contato com ela.

Em outra frente, a italiana Merlini vai se reunir com a artista brasileira Pânmela Castro para uma conversa sobre as respectivas experiências, especificamente sobre a arte dos grafites e das instalações in situ que aproximam o trabalho de ambas. Originalmente pichadora do subúrbio do Rio, Pânmela Castro interessou-se pelo diálogo que seu corpo feminino marginalizado estabelecia com a urbe, dedicando-se a construir performances a partir de experiências pessoais, em busca de uma afetividade recíproca com o outro de experiência similar. Mestre em artes pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Pânmela realizou projetos em mais de 15 países e recebeu inúmeras nomeações por seu ativismo pelos direitos humanos como o título de Young Global Leader do World Economic Forum. O encontro das duas artistas vai acontecer na sexta-feira 18, às 15h, com entrada gratuita, no MNBA.

Trazida pelo Istituto Italiano di Cultura do Rio de Janeiro, a artista visual italiana Martina Merlini realizará instalações e encontros no Rio e em Niterói

Trazida pelo Istituto Italiano di Cultura do Rio de Janeiro, a artista visual italiana Martina Merlini realizará instalações e encontros no Rio e em Niterói

Convidada especial desta edição da Jornada do Contemporâneo, Martina Merlini (Bologna, 1986) já conta com um elevado número de exibições. Participou de vários eventos e festivais, inclusive o Living Wall, que foi o primeiro festival de street art organizado por mulheres, em Atlanta, (Estados Unidos, 2012) e o prestigioso Le Mur, em Paris, França, 2015). Pesquisadora entusiasta da natureza humana, Martina joga com as linhas geométricas, investigando a noção do limite de um jeito sutil e refinado. Atuando no limite entre racional e irracional, a artista utiliza densos traços pictóricos simétricos que se disjuntam inesperadamente sob o impulso de forças primordiais. As criações de Merlini foram exibidas em toda Europa, Estados Unidos e México onde fez uma residência de 2015 a 2017.

A diretora do Istituto Italiano di Cultura do Rio de Janeiro, Livia Raponi, avaliando esta iniciativa cultural afirma que “A essência da Jornada do Contemporâneo reside na vontade de ampliar o âmbito de difusão e o impacto da arte contemporânea. O objetivo é criar pontes e conexões entre artistas e movimentos de países diferentes, convidar jovens talentos para criar obras de arte em espaços não tradicionais, favorecer o encontro entre artistas representativos da Itália e públicos não necessariamente familiarizados com a arte contemporânea”.

Para a diretora do Museu Nacional de Belas Artes, Monica Xexéo, “é importantíssimo que o Museu participe do programa Jornadas do Contemporâneo, discutindo e refletindo a arte contemporânea global”.

O Museu Nacional de Belas Artes está localizado na avenida Rio Branco, 199 – Cinelândia.

Eternos caminhantes retorna ao Museu Lasar Segall após ‘turnê’ alemã

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Uma das obras mais icônicas pertencentes ao acervo do Museu Lasar Segall, quadro sobreviveu à perseguição nazista e foi adquirido pela família Segall em 1958.

Uma das obras mais icônicas pertencentes ao acervo do Museu Lasar Segall, quadro sobreviveu à perseguição nazista e foi adquirido pela família Segall em 1958.

O óleo sobre tela Eternos caminhantes (1919, 138 x 184 cm), uma das obras mais icônicas pertencentes ao acervo do Museu Lasar Segall, retornou à exposição de longa duração do museu nesta terça-feira (15) após “turnê” na Alemanha iniciada em abril 2018 – durante a qual foi exibido, mediante empréstimo, em três exposições naquele país, promovidas nas cidades de Wuppertal, Düsseldorf e Dresden. O quadro integrou exposição de grande escala realizada pelo Museu Von der Heydt, da cidade de Wuppertal, dedicada ao pintor polonês judeu Jankel Adler (1895-1949).

A exposição “Jankel Adler – e a vanguarda – Chagall | Dix | Klee | Picasso”, que ficou em cartaz até agosto do ano passado, apresentou uma seleção representativa da obra de Jankel Adler junto a obras de artistas que foram seus amigos e/ou o inspiraram, como o próprio Lasar Segall. Além de Eternos caminhantes, foram cedidos para a mostra os óleos sobre tela Meus avós (1921) e Autorretrato II (1919), além de uma carta escrita por Adler em 1922 a Segall.

Em novembro de 2018, dando sequência ao roteiro, Eternos caminhantes foi exibido na exposição “Museu Global – Micro histórias de um modernismo excêntrico”, que teve lugar no Museu Kunstsammlung Nordrhein-Westfalen, em Düsseldorf. A exposição apresentou “micro-histórias” sobre a modernidade para além da narrativa-padrão da história da arte ocidental, introduzindo artistas e grupos artísticos do Japão, Brasil, México, Índia, Líbano e Nigéria considerados modernos. Uma delas focalizou Lasar Segall e a temática da migração em sua obra, abordando como Segall desempenhou papel importante tanto no expressionismo alemão quanto no modernismo brasileiro.

Além de Eternos caminhantes, foram emprestados para a exposição em Düsseldorf os óleos sobre tela Navio de emigrantes (1939/40) e Encontro (1924), além de 8 gravuras da série Emigrantes. Também foram cedidos temporariamente para a exposição 12 cartões postais e fotografias, 4 livros e 4 cartas pertencentes ao Arquivo Lasar Segall.

A última parada de Eternos caminhantes no itinerário 2018-2019 pela Alemanha aconteceu na cidade alemã em que Lasar Segall produziu o quadro, e que foi decisiva para sua formação artística: Dresden.

A exposição “Sinal para um novo início! O Centenário da Secessão de Dresden – Grupo 1919 (“Signal zum Aufbruch! 100 Jahre Dresdner Sezession – Gruppe 1919”), que ficou em cartaz entre junho e setembro deste ano, celebrou o centenário do importante acontecimento na história da arte do século XX ali ocorrido, que teve em Lasar Segall, então morador da cidade, um de seus protagonistas.

Exibida na Städtische Galerie, a mostra reuniu de novo em Dresden 80 pinturas e trabalhos em papel de doze criadores que integraram a chamada Secessão de Dresden – que arregimentou, no período efervescente e cheio de incertezas que a Alemanha viveu após a Primeira Guerra Mundial, um grupo de artistas engajados na busca de uma arte “interiormente verdadeira” e com preocupações sociais.

Uma das peças-chave da montagem, Eternos caminhantes esteve no centro da exposição em Dresden, que também exibiu as obras Retrato de Paul Ferdinand Schmidt, Retrato feminino de Mary Wigman, Autorretrato II e Criança morta, todas datadas de 1919 e pertencentes ao acervo do Museu Lasar Segall, que fez o empréstimo temporário. Saiba mais.